Palavras... ideias... registos para a posteridade

Caros Amigos
Objetivamente a razão de existir deste blogue é não deixar perder algumas ideais reproduzidas na essencia das palavras escritas, para que não mais existam duvidas acerca do pensamento do autor.
Esta dito... e dito esta... e registado fica!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

Quem Bem Prega Frei Tomás!…‏

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A jovem democracia portuguesa é uma moça porreira (pá) e o povo lá vai tolerando que um governante, tendo habitação própria em Lisboa (o local de trabalho), receba do Estado um subsídio de habitação de 1400 euros por mês.  É legal, claro, está na lei.
Miguel Macedo tem casa própria declarada em Lisboa. Por isso, e como compete a gente com algum pudor, vai abdicar do subsídio de alojamento. O bracarense subiu 10 pontos na minha consideração.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Antes e depois‏



vitor gaspar e os impostos

Um post a reutilizar um boneco anterior, em consonância com a actual governação: reutilizar a estratégia anterior.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A tortura de um cidadão

Tortura é a imposição de dor física ou psicológica por crueldade, intimidação, punição, para obtenção de uma confissão, informação ou simplesmente por prazer da pessoa que tortura.
Parece-me que devia acrescentar que há dois tipos de tortura: a que as Nações Unidas condena e a que todo cidadão sofre no dia-a-dia e que denominamos burocracia. Ler mais deste post

domingo, 9 de outubro de 2011

Pornografia

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Sim, a pornografia é uma indecência.

In: Avantar

QUE MARAVILHA A PORTUGUESA - Aeroporto de Beja: 164 passageiros em 3 meses



aeroporto de beja

No aeroporto de Beja não há sorriso que se veja na chegada nem amante que se beija na despedia porque, simplesmente, não há passageiros.

Já agora, na notícia do Expresso, «em 2007, o aeroporto de Beja previa atingir, entre partidas e chegadas, uma média de 178 mil passageiros em 2009, que poderiam aumentar até 1,8 milhões em 2020, segundo as previsões da empresa EDAB, responsável pelo projeto». É oportuno lembrar um outro elefante branco prestes a ser construído e que também terá milhões de passageiros... no papel: o TGV.
As pessoas que tomaram conta do Estado e que gastam dinheiro desta forma têm nomes. Até quando vai ser possível continuar com esta impunidade? A punição eleitoral é manifestamente pequena quando decisões autistas, mas fundamentadas em imensos estudos convenientes, nos afectam durantes décadas.

iN; AVANTAR

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sabedoria Milenar










Sabedoria Milenar

 Pergunta:

MESTRE, PORQUE QUE É QUE ANTES DO SEXO CADA UM AJUDA O OUTRO A
FICAR NU E DEPOIS, CADA UM SE VESTE SOZINHO ?!!!


Resposta:
PEQUENO GAFANHOTO, NA VIDA NINGUÉM TE AJUDA  SE JÁ ESTIVERES FODIDO!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

SÁBIA FILOSOFIA...‏

Hoje com mais de 80 anos, Olacir de Moraes, o rei da soja, que gosta de sair e ser fotografado com lindas e jovens mulheres, foi entrevistado por um repórter:


Repórter

- Dr. Olacir, o Sr. acha mesmo que essas garotas gostam do senhor?
Olacir
- Meu amigo, eu gosto muito de lagosta, vou a um restaurante e peço um prato desta iguaria. Eu não pergunto se a lagosta gosta de mim ... Eu simplesmente a como!

JÁ THOMAS JEFFERSON DIZIA EM 1802

 THOMAS JEFFERSON em 1802!!
Voltem a guardar o dinheirinho em casa !! Qualquer "roubo" caseiro é sempre menos lesivo !!
 



 THOMAS JEFFERSON, terceiro presidente dos Estados Unidos, escreveu...há 200 anos


sábado, 1 de outubro de 2011

Enfim...!!!‏



Isaltino é o Maior, iô


O senhor Presidente da Câmara de Oeiras já foi jantar com amigos e familiares. Consta que, por causa destas quase 24horas de detenção, se sente muito fragilizado e com uma enorme vontade de comer umas alheiras de caça regadas com um tinto velho e também um arroz de perdiz de cabidela.
Quem ficou a perder foi o cozinheiro já entretanto contratado, que habita o apartamento 245 da ala 3, que até já tinha começado a fazer encomendas de ingredientes de primeira qualidade.
O Tribunal de Oeiras decretou a libertação imediata de Isaltino Morais com base no princípio “in dubio pro reo” (em caso de dúvida, decide-se a favor do réu).
A decisão de libertar o senhor Isaltino foi tomada pela juíza Carla Cardador depois de uma reunião com o procurador do Ministério Público Fernando Gamboa.
Consta ainda que ninguém sabe o que se anda a fazer. Por um lado os que o mandaram prender, por outro os que o mandaram libertar.
Isto vai de mal a pior, ninguém se entende e nós, o povo aparvalhado deste país, não entende ninguém. Para além disso, a imagem da Justiça sai daqui ainda mais beliscada.

José Magalhães

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os PIIGS passam a PIIGGS?

Não Te Deixes Enganar!‏

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Também no feicebook.

O último a saber‏

O "desvio colossal" das contas da Madeira escondido pelo PSD regional estava, pelos vistos, no segredo dos deuses. No caso, da santíssima trindade Jardim-Cavaco-PGR. O marido, que é como quem diz o pagante contribuinte, foi, como sempre é, o último a saber.
(Manuel António Pina, JN 20Set2011)
O cidadão Aníbal, segundo a imprensa, já sabia do enorme buraco ilhéu, antes de convocar as eleições que deram a maioria à Direita. Calou-se, cometendo o crime de ocultação; estará o cidadão Aníbal acima da Lei, não vindo a ser punido pelo crime? E o representante do Ministério Público junto da secção regional madeirense do Tribunal de Contas, que também se calou perante um crime de denúncia obrigatória, também sairá impune?
Decididamente, a república das bananas estende-se já do arquipélago ao Terreiro do Paço. Cavaco junta mais uma mancha às nódoas que já lhe conhecíamos - ele, que deveria ser uma referência nacional; a Justiça, na vertente MP, carrega mais um episódio de descrédito, a somar ao imenso labéu que a cobre.
Resta aos cidadãos manifestarem a sua revolta, por todos os meios. A desobediência civil ganha todos os dias novas justificações morais.

Carlos de Sá

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"LUSÍADAS" DO SÉC . XXI

 I


As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano.
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV

E vós, ninfas do Douro onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Keynesianos e liberais, quando convém...


-Não me surpreende que os madeirenses possam eleger para novo mandato Alberto João Jardim. Eu próprio se trabalhasse na Madeira e pagasse lá os meus impostos, talvez votasse também no homem, afinal quem não gostaria que as medidas difíceis que todo o país tem de enfrentar, lhe passassem ao lado? Um político que afirma com o maior desplante, ir continuar a política despesista que conduziu a região ao desastre financeiro, com graves consequências para todo o país, só poderia ter uma resposta à altura do governo da República, isto se tivéssemos governantes à altura, que pelos visto não temos, era ver imediatamente fechada a torneira das transferências financeiras entre o Estado e a Região até que o resultado fosse 0 cumprimento das metas a que o governo regional está obrigado. Mas o PSD já se prepara para ajoelhar uma vez mais diante do mais despudorado caciquismo, procurando agora no governo justificar o que durante anos, com razão, criticou aos governos socialistas, a utilização de dinheiros públicos ao serviço do interesse partidário, sem atender à realidade do país. Estranho e lamento que alguns liberais, possam pactuar com políticas keynesianas no arquipélago, em tudo semelhantes às que combatem no continente. Ou será que para eles a opção pelo investimento público como modelo de desenvolvimento, indiferentes a derrapagens e compadrio é aceitável se o governo for da cor e beneficiar amigos?

In: Avatar

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A chapelada


Foram-se pondo cruzinhas em boletins de voto e descarregando nos cadernos eleitorais. (...) Temos uma absenção de 40% portanto é fácil. As pessoas que vão para as mesas residem na área territorial dos eleitores e facilmente sabem quem está e quem não está a votar, quem vota e quem não vota.
Em 1980 todas as mesas do concelho do Funchal alteraram a votação. Em todas as mesas Eanes tinha ganho e em todas as mesas Soares Carneiro passou a ganhar. E não estamos a brincar. A chapelada foi grande. Não foram 10 ou 15 votos por mesa; foram 300 a 400, preenchidos em nome de votantes que não foram votar.
Presenciou essas alegadas adulterações?
Presenciei.
Fazia parte de alguma mesa de voto?
Sim. Fazia.
António Fontes, na altura militante da JSD/Madeira, em entrevista ao DN de 13.09.2011.
Histórias das eleições na Madeira fui ouvindo ao longo de anos, até porque tive vários colegas madeirenses. Delegados de partidos afastados de mesas de voto com uma arma apontada à cabeça, por exemplo. Fica este registo, dirigido a quem insiste na bondade democrática das vitórias eleitorais sucessivas de Alberto João Jardim. As bruxas não existem, mas lá que votam, votam.

domingo, 11 de setembro de 2011

Crime e castigo

Durante as últimas décadas, governos, partidos – mesmo os que não chegaram a governar – e eleitores colaboraram activamente para que a nossa qualidade de vida subisse consideravelmente. O salto foi de tal forma intenso que foi possível fazer um colosso cultural em Belém (agora emprestado a um particular), ergueram-se estádios em todo o país (que até vão ser demolidos por causa do custo de manutenção), a lista de aldeias com acesso por autoestrada gratuita cresceu exponencialmente (apesar de agora terem que ser pagas) e o número de pessoas a trabalhar directa ou indirectamente no Estado não parou de crescer (tanto bem público precisa, inevitavelmente, de mais eleitores – perdão, trabalhadores).
Talvez nem houvesse problema se por acaso os consumidores não preferissem o preço dos jeans feitos por orientais a trabalharem 14 horas por dia do que os nossos que eram feitos no Vale do Ave em condições laborais justas mas mais caros. Ou se os carros não viessem da Alemanha, os computadores de Taiwan, os tomates de Espanha, os lápis da China e o software da América. Ou então, que tivéssemos todas essas importações mas que a nossa balança comercial não fosse 10% deficitária ao ano, levando o país a endividar-se no valor do seu PIB a cada 10 anos.
Eleição após eleição vemos o crime da irrealidade ser premiado com o voto. Chegado o castigo da conta, é altura de irmos para a rua gritar contra os que até aqui nos trouxeram. Chega de conformismo, abaixo os eleitores. Ups, se calhar os culpados não são “eles” mas sim nós.

In: Aventar

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Significado da palavra NOITE ...

CURIOSO !
Significados da palavra NOITE (texto muito pequeno e muito interessante)

Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8 na respectiva língua.
A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também
simboliza infinito, ou seja, noite significa,
em todas as línguas,a união do infinito!!!
Português:     noite = n + oito
Inglês:           night = n + eight
Alemão:        nacht = n + acht
Espanhol:      noche = n + ocho
Francês:        nuit = n + huit
Italiano:        notte = n + otto

Interessante, não?

domingo, 7 de agosto de 2011

PSD e CDS. Um casamento de fachada que tem tudo para correr muito mal

Paulo Portas sabe que a sua carreira política pode acabar com esta coligação. Mas já mostrou nestes 15 anos que é um sobrevivente e que os Negócios Estrangeiros podem estar à altura das suas necessidades. Pedro Passos Coelho, mais tenro nestas lides, faz o que pode, e muitas vezes não deve, para o controlar


Desconfiança, medo, tensões medianamente controladas. O governo de coligação é um casamento de fachada, em que os protagonistas fingem o que podem em público - mas em privado, genuinamente, não se podem ver e praticam o bullying político nem sempre com a discrição devida.

Primeiro ponto, essencial: os sociais- -democratas desconfiam de Paulo Portas, que, politicamente, tem uma experiência muito mais larga que Passos Coelho. Desconfiam e têm medo: todos sabem que Portas não padece da ingenuidade que por vezes atinge o primeiro-ministro e é um sobrevivente. Para conter a força de Portas foram feitas as diligências possíveis, para evitar que o líder do CDS controlasse sozinho o Ministério dos Negócios Estrangeiros: a colocação de Francisco Ribeiro de Menezes, embaixador de carreira, no cargo de chefe de gabinete do primeiro-ministro (com imensa experiência da máquina ministerial, depois de ter dirigido os gabinetes de Jaime Gama e de Luís Amado) foi uma peça nesse damage control. A pasta do MNE é fortíssima por duas razões: genericamente, dá popularidade nas sondagens. Em tempos de crise, sem ter de lidar com os cortes da despesa nem com os problemas das corporações, como a dos médicos e a dos professores, é provável que dê ainda muito mais popularidade que aquela que é costume. Com a crise do euro, a pasta do MNE passou a ter uma importância desmedida - o risco de Passos Coelho ficar refém de Portas, e das informações de Portas, para gerir os Conselhos Europeus é considerado muito grande no PSD. Também aí a escolha de Ribeiro de Menezes teve um objectivo preventivo, segundo fontes do PSD.

A "vingança" de Passos Coelho contra o seu parceiro de coligação foi avocar uma das grandes tarefas do MNE: a diplomacia económica, que ficou, na orgânica do governo, na dependência do primeiro-ministro. E quem foi Passos Coelho buscar para fazer uma espécie de "programa do governo" na vertente diplomacia económica? Nada mais nada menos que um arqui-inimigo de Paulo Portas - um ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, Jorge Braga de Macedo, que mantém um diferendo com Portas desde os tempos em que este era director de "O Independente" e denunciou a entrega de um subsídio do IFADAP, na altura gerido por Henrique Granadeiro, para jovem agricultor a uma propriedade da família do ministro, o Monte dos Frades. O jovem agricultor era um sobrinho de Braga de Macedo.

O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva nos princípios dos anos 90, o tal que via um oásis quando o país estava em recessão, vingou-se agora na diplomacia económica do facto de Passos Coelho não ter vetado a ida para as Necessidades do seu inimigo. Mas fez tudo o que podia e não podia e foi o último a desistir na tentativa de dissuadir o líder do PSD de aceitar a imposição de Portas de ser ministro dos Negócios Estrangeiros.

O discurso de Paulo Portas na Madeira no fim-de-semana passado perturbou enormemente os sociais-democratas. A "liberdade" com que Portas se atirou a Alberto João Jardim - um "ícone" do PSD, apesar de distante de Passos Coelho - foi lido por alguns sociais-democratas como um sinal do "poder total" com que Portas se sente nesta coligação. Afrontar Jardim ao fim de um mês de governo é obra: no fundo, Paulo Portas, ao denunciar o "despesismo" da Madeira, impôs balizas à negociação do próximo Orçamento do Estado. Na Madeira, Paulo Portas comparou Jardim com Sócrates: "No país, os socialistas fizeram uma política de endividamento para lá do que era aceitável e aqui, na região da Madeira, os sociais-democratas fizeram uma política de endividamento que é também para lá do aceitável. E para sermos coerentes temos de propor aqui a mudança que também o país como um todo já percebeu. É que não é possível continuar a endividar mais um país ou uma região." Jardim respondeu à sua maneira habitual: disse que não conhecia Portas de lado nenhum. E Marcelo Rebelo de Sousa, um especialista em atirar gasolina para as fogueiras e velho inimigo do líder do CDS/PP, veio logo recordar que Paulo Portas, nos tempos da coligação com Durão Barroso, nunca ousou atirar-se a Alberto João Jardim ou criticar qualquer outro dirigente laranja.

Esta é a pior altura para qualquer partido estar no governo. O CDS enfrenta o mesmo dilema que os Lib-Dems no Reino Unido: associados aos conservadores e às suas políticas de austeridade, correm o risco de desaparecimento nas próximas eleições. Portas, o político no activo cujo instinto de sobrevivência mais se tem revelado nos últimos 15 anos, não quer que o CDS volte a ser o "partido do táxi", lugar onde ficou colocado a partir de 1987, depois de Cavaco Silva ter aglutinado toda a direita com as suas maiorias absolutas. Se Paulo Portas tivesse conseguido um resultado eleitoral mais forte, poderia ter capacidade negocial maior dentro da coligação. Mas isso não aconteceu - trata-se agora de gerir o dia--a-dia sabendo que na guerra e na política (e às vezes no amor) ou se mata ou se morre. A coligação governamental pode durar um ano ou três anos. Mas no fim entre Passos Coelho e Paulo Portas só sobrará um. E se Paulo Portas já percebeu isto há muito tempo, Passos Coelho está a começar a perceber. 
 
In: I

sábado, 6 de agosto de 2011

Rua da Boavista – uma rua velha e triste como um ser humano

Esta manhã passei na Rua da Boavista no sentido São Paulo – Conde Barão e fiquei desolado. Uma rua que foi viva, cheia de gente atarefada, a rua por onde eu passei todos os dias úteis nos anos 90 quando trabalhava na Rua do Instituto Industrial, parece hoje morta, quase sem ninguém a cruzá-la, uma rua despovoada, muito triste, quase hostil.
A rua tinha muitas lojas, lojas grandes e pequenas de onde entravam e saíam homens de fato-macaco azul, trazendo nas mãos ferramentas e motores, torneiras e rebites, sacos de cimento e lata de tinta, as velhas lojas da Rua da Boavista estão hoje vazias e trancadas a cadeado. Em muitas delas o correio acumula-se sem ninguém o ler, muitos são os ferros que seguram o corpo esventrado dos prédios desocupados. Há um cheiro a mofo e a podre nos prédios abandonados desta rua que hoje percorri.
Já só passa nesta rua um eléctrico (o 25 dos Prazeres para a Rua da Alfândega) mas quando um qualquer manga- de- alpaca obscuro, fechado no gabinete, descobrir que o eléctrico não dá lucro, vai logo acabar com a carreira. Aqui passaram os carros eléctricos de Belém para o Poço do Bispo com direito a bilhete de operário se comprado até às sete e meia da manhã.
Uma rua na cidade é, afinal, como uma pessoa: também envelhece e fica doente. A Rua da Boavista é como uma pessoa: está velha e triste como se fosse um ser humano.
Deixei de lá passar em 1996 e voltei hoje mas o vazio assustou-me. Sei que o Mundo mudou mas não esperava que essa mudança fosse assim e tanto assim. Passar pela Rua da Boavista e encontrar uma rua desolada e vazia que outrora foi uma artéria viva e cheia de gente, não estava no meu programa.

In: Aspirina B

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A comida dos pobres pode ser toda badalhoca

 

Toda a gente merece uma Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a fiscalizar a comida que leva à boca. Toda a gente menos os pobres que recorrem às IPSS’s e que, por isso, comem o que houver e no estado em que estiver. Para quê pôr a ASAE a fiscalizar? As Misericórdias, famosas pela agiotagem em que se distinguiram ao longo dos séculos, e demais instituições ligadas à Igreja Católica, tratam do assunto.
Já agora, amontoam-se putos em creches superlotadas, prescrevem-se uns medicamentozitos fora do prazo – o que não faz mal a ninguém – e temos aqui um verdadeiro Programa de Emergência Social. Pedro Passos Coelho e Marco António (o verdadeiro Ministro da Segurança Social) são caridosos. Esta noite, a consciência não lhes pesará. Dormirão como bebés.


In: Aventar por Ricardo Santos Pinto

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MAFIA II, O REGRESSO - BPN: ao cavaquismo o que é do cavaquismo‏

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A oferta pelo governo do BPN ao BIC vale também pelo simbolismo. Começa por ser uma prenda à cleptocracia angolana e ao homem mais rico de Portugal, Américo Amorim, aquele que se dá bem com todos os governos, hábito que lhe vem do PREC que lhe multiplicou a fortuna. Quanto a isso, nada de estranho, mais uma variante da caridade agora tão presidencialmente institucionalizada.
Mas sendo o BIC presidido pelo reformado Mira Amaral (18.156 euros mensais, paga-lhe a CGD após 18 de meses de trabalho), o ministro de Cavaco responsável entre outras barbaridades pela destruição da indústria nacional, pode dizer-se que de uma devolução se trata: o cavaquismo tinha um banco, assalto-se a si próprio levando-o à falência, e recupera-o com capital injectado e com metade dos trabalhadores, naturalmente nós pagaremos as indemnizações aos que vão ser despedidos, além dos 2,4 mil milhões de euros que já se sabia.
Tudo está bem quando acaba bem. Dias Loureiro e Oliveira Costa sorriem, um no seu exílio, o outro aguardando um julgamento de que já conhecemos o resultado, começou a temporada de verão na Aldeia da Coelha. Não me voltem é a falar da Grécia como exemplo chocante de esbanjamento de dinheiros públicos em proveito da casta dominante: esse Euro-2011 já o ganhámos nós, marcando golos na própria baliza.

João José Cardoso, com a devida venia a Kaos

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Assalto com botija de gás

Três administradores executivos, três, como afirmou Passos Coelho antes de ser primeiro ministro.
O que ele não disse é que, além desses três administradores, teríamos mais oito, mas todos os oito são  tachos. Assim repartidos: cinco ficam na reforma ( o ainda presidente e a sua equipa) mas com ordenado de activo (não há como nós para inventar); e mais três numa comissão de observação da administração e que trabalham em part-time (não há ninguém como nós). Estes vão representar os seus clientes dos seus escritórios particulares ( a gente sabe que eles conseguem separar o trigo do joio. Se sabem!)
Uma vergonha, do pior que se tem visto!

In: Blogue Pegada

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Presidenta foi estudanta?!‏

Alguém pode mandar isto à D. Pilar?
Aquela que preside à Fundação José Saramago.
É que ela gosta que a tratem por Presidenta




                                             A Presidenta foi estudanta?!

Ainda nesta semana ,escutei Helena Roseta dizer :« Presidenta !»,retorquindo a um comentário de um jornalista, muito segura da sua afirmação...( Sicnotícias) 

     
 Uma belíssima aula de português.
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.


A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".


Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação..

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Prova do suicídio de Salvador Allende – Heróis do Chile

Hortênsia Bussi de Allende
Sua Excelência Salvador Allende e a Primeira-dama Hortênsia Soto Bussi de Allende, no dia de começar o seu mandato, 4 de Outubro de 1970

Morávamos em e 6ª Carlton Terrace, em frente da Holyrood Palace, a casa da Rainha Mary Stuart, mais tarde da Monarquia Britânica. Tinha, ente 200, ganho o terceiro lugar para acabar os meus estudos de pós grau em Antropologia e Ciências da Educação. Éramos a minha mulher, a nossa única filha Paula, hoje psicanalista, e, por parto, os nossos amigos argentinos, a família Gaudio, Ricardo e Sida e o seu filho Santiago. Todos os dias percorria The Royal Mile, a rua que me levava desde casa ao meu Departamento para seminários e aulas. Foi a época mais feliz das nossas vidas, ente estudos, passeios, percorrer o Reino da Escócia e criar a nossa pequena filha de nove meses. Como é evidente, aprovei com um A – as notas na Grã-Bretanha são lançadas em letras, não em números. Um A, está perto de um A+. Permitia-me transferir-me a melhor Universidade do Reino Unido, e talvez do mundo. Foi possível, a seguir uma
melhor Universidade do Reino Unido, e talvez do mundo. Foi possível, a seguir uma série de escaramuzas. Governava o Chile a Democracia Cristã, presidia o pais o advogado Eduardo Frei Montalva, quem, mais tarde na vida, foi assassinado no decurso de uma operação. A eleição da Sua Excelência foi muito apertada, muito perto do segundo, o nosso amigo Radomiro Tomiç. Salvador Allende, como sabemos e legisla a Constituição de 1925, que regia nesses tempos, teve que ser confirmado e ratificado pelo Congresso Pleno. A CIA tinha entregado dinheiro aos membros do Congresso, para os comprar e votar um não. Mas, apesar de não ser nem por meio segundo antigo falangista, admiro a integridade do Congresso, e o dinheiro foi devolvido com um protesto do Ministro de Assuntos Internos Juan Hamilton. Uma outra tentativa foi o assassinato do nosso amigo o General em Chefe das Forças Armadas, René Scneider, homem forte e fiel à lei e a Constituição. A ideia do raptar não resultara, ele se defendera desde dentro do seu carro e foi morto. Tratava-se de semear terror ates da ascensão a Presidência do primeiro Presidente marxista da América Latina. No dia das eleições, os resultados estavam preparados as 20 horas, mas Eduardo Frei, quem nos mandara tornar ao Chile por sermos marxistas, não queria entregar o mando ao seu sucessor, enquanto preparava alternativas para não ser um Kerensky chileno, o Presidente da Rússia quem entregara o poder ao vencedor nas eleições de 1914, Vladimir Lenin, que fez do país uma união de Estados Soviéticos. Mal era conhecido o Senhor Presidente eleito, ele sabia respeitar a Constituição e as leis, tinha sido Ministro da Saúde do Presidente Radical Pedro Aguirre Cerda e presidido o Senado ao longo de oito anos. A sua pretensão era redistribuir a riqueza, retirando posses aos ricos e entregando terra aos que as trabalhavam, indústrias aos operários para que aprendessem a gerir eles próprios. Nacionalizou o Cobre do Chile e cobrou uma indemnização de milhares de dólares, pelos anos perdidos pelo país de lucrar com o que lhe pertencia. Todo, a correr, como refiro no meu ensaio do Aventar de 1010 porque Allende teve que correr tanto? A resposta foi porque não tinha tempo para reformas e fazer do país um de iguais, Como Babeuff em 1785 e Maréchal em 1795, pretendiam, textos que levaram em 1848, ao casal Marx e amigo Friedrich Engels, redigir o Manifesto dos Communards, mal traduzido como Manifesto Comunista. A escrita foi da baronesa Johana von Westphalen, ou Jenny Marx, mulher de Karl Heinrich Pembroke Marx.
Allende não era apenas médico e homem da política: conhecia todo Marx e o aplicava. Eis o terror dos burgueses chilenos, que nunca tinham lido nem meia letra de quem tanto temiam sem saber porque.
A corrida da Sua Excelência fez ganhar adeptos. Nas eleições municipais, ganhou comunas por mais de 60% dos votos. Pensou, porém, chamar a um plebiscito e perguntar ao povo se queriam ou não que ele continua-se na Presidência. Tantos assuntos tinham acontecido contra ele e o seu governo, que a única solução era chamar ao povo e perguntar. Pensou convocar para o 10 de Setembro de 1973, confidenciou esta ideia ao seu novo General em Chefe das Forças Armadas, por nome Pinochet, quem comunicara esta intenção aos seus subalternos. Cobarde como era, este membro da etnia Picunche, não queria aderir. Mas, no dia do levantamento, não apenas aderiu, bem como se converteu num novo Director Supremo à laia de O´Higgins. Foi a pouco e pouco atacando aos seus colegas na confabulação, até ficar só como Presidente do Chile ou ditador supremo da Nação.
Quem resgatou a eleição para Allende, foi o nosso amigo Radomiro Tomiç, candidato da Democracia Cristã. Ao reparar que Frei não anunciava os resultados, simplesmente foi a Alameda onde discursava o Presidente Eleito, o congratulou com um forte abraço, reconheceu a sua derrota e Frei não teve outra alternativa que dar a conhecer os resultados. Estes burgueses falangistas, pensavam que seria apenas por poucos dias e Frei seria eleito outra vez. Passaram 19 anos, a Democracia Cristã organizou a queda do ditador, apoiando aos partidos de Allende: Socialistas, Comunistas, radicais. Sem disparar um tiro, marchavam de mãos dadas, presididos pelo retirado do seu cargo de Senador, Patrício Aylwin. Até convencer ao mais sangrento ditador de convocar um plebiscito se queriam que continua-se o picunche a presidir o país. Ganhou ou não, o ditador foi despojado do seu cargo, a democracia tornou ao país e Aylwin foi o primeiro Presidente do novo Chile. Nós, exilados e de volta a Cambridge, combatemos desde fora. Levamos a mais de dois mil chilenos, perseguidos pela injustiça do picunche – lamento pelo clã, mas a verdade é assim, antigos Ministros, o meu Reitor e povo, que Billy Calagham me ajudara a resgatar e encontrar trabalho para eles, indigitando a recentemente falecida Dame Judith Heart, para trabalharmos juntos. Triunfamos, mas o meu exílio continua, até pelo abandono dos meus antigos colegas que, doente como estou, acompanharam-me dois anos e, a seguir, passeis a ser um escritor solitário.
A 11 de Setembro de manhã, liguei o rádio na nossa casa do Chile. Habituado a ouvir as notícias, e começar a ouvir apenas marchas militares e avisos do levantamento das forças armadas contra o poder legal, pensei: alguém mexeu no comando. Não dava para creditar….Mas foi assim. Os soldados avançaram e desde as 6 da manhã travou-se um combate entre os leias e os insurrectos. O Presidente legítimo mandou sair a todos os que tinam aparecido no Paço de La Moneda, atacada por Hawkers-Haunters, até que as 14 horas os insurrectos entraram a La Moneda e encontraram um corpo que tinha lutado e disparado para matar inimigos, morto no sofá presidencial. Durante anos duvidamos se era assassinato ou suicídio. A sua sobrinha Isabel, a nossa excelente escritora, afirmava que suicídio não era com o seu tio. Lamento: foi, como diz a peritagem forense entregue hoje. A seguir esse desespero, foi o meu campo de concentração e o exílio, resgatado pelos britânicos de Cambridge e o meu amigo Bispo Dom Carlos Gozález Cruchaga, falecido faz poucos meses antes desta notícia.
Fui entrevistado por todas a revistas científicas na minha britânica Universidade, sobre a ciência no Chile e como tinha melhorado baixo a Presidência da Sua Excelência. Perguntaram-me qual era o meu desejo para o ditador: de forma honesta e sem pensar, que viva muitos nãos, que seja julgado e morra réu de rimes. Nem que tiver sido uma premonição…assim foi que aconteceu, morreu réu de crimes atrozes e em tribunal, aos seus 93 anos.
O Governo do México tinha colocado um avião para transferir os Allende a solo certo e seguro. Mas, assim não foi. Esse 11, as 22 horas, foi entregue uma caixa de madeira toda pregada à Primeira-dama Tencha e a sua irmã a Senadora Laura Allende, uma caixa da pior madeira, com um NN escrito sobre as tábuas e lançado num sítio qualquer no cemitério de Santa Inés em Vinha del Mar. Tencha e Laura corriam como loucas pelo bairro, a meia-noite e diziam: saibam que essa caixa que está ai, contem o corpo do Presidente Legítimo do Chile. Os soldados as apresaram, levaram ao avião rumo ao México, onde a Senadora se suicidou por causa do desaparecimento do seu filho Andrés Pascal Allende e do seu irmão Salvador. Beatriz, asilada em Cuba, matou-se. A Tencha a levamos a Inglaterra, a alimentamos e vestimos. Eles e nós, tínhamos perdido todo: bens e família, língua e Pátria. Muitos de nós, tivemos que começar de novo. Tivemos essa segunda filha que, nestes dias, dar-nos-á um neto.
No Chile, o Serviço Médico Legal de Santiago anunciou que os exames aos restos mortais do ex-presidente Salvador Allende, exumados a 23 de maio, confirmaram que este se suicidou no dia do golpe de estado liderado por Augusto Pinochet, a 11 de setembro de 1973.
O relatório final da investigação levada a cabo por uma equipa internacional de especialista foi comunicado a Isabel Allende, filha do ex-presidente.
“O presidente Allende no dia 11 de Setembro de 1973, perante as circunstâncias extremas que viveu tomou a decisão de por fim à vida antes de ser humilhado ou viver qualquer outra situação”, disse.
Após a sua morte, o corpo de Allende foi submetido a uma autópsia antes de ir para a cidade de Viña del Mar. Em 1990 o corpo foi exumado e trasladado para a capital, tendo sido submetido a um segundo exame forense.
O novo exame aconteceu após versões sobre a morte de Allende indicarem que este poderia ter sido assassinado pelos militares golpistas que assaltaram o palácio de La Moneda ou que terá tentado suicidar-se e falhou, tendo o disparo fatal partido de um dos seus colaboradores mais próximos.  Notícia dada pela Senadora Isabel Allende, a única viva da família
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Sempre será lembrado por estas palavras:
7:55 A.M. Radio Corporación
Habla el presidente de la República desde el Palacio de La Moneda. Informaciones confirmadas señalan que un sector de la marinería habría aislado Valparaíso y que la ciudad estaría ocupada, lo que significa un levantamiento contra el Gobierno, del Gobierno legítimamente constituido, del Gobierno que está amparado por la ley y la voluntad del ciudadano.
En estas circunstancias, llamo a todos los trabajadores. Que ocupen sus puestos de trabajo, que concurran a sus fábricas, que mantengan la calma y serenidad. Hasta este momento en Santiago no se ha producido ningún movimiento extraordinario de tropas y, según me ha informado el jefe de la Guarnición, Santiago estaría acuartelado y normal.
En todo caso yo estoy aquí, en el Palacio de Gobierno, y me quedaré aquí defendiendo al Gobierno que represento por voluntad del pueblo. Lo que deseo, esencialmente, es que los trabajadores estén atentos, vigilantes y que eviten provocaciones. Como primera etapa tenemos que ver la respuesta, que espero sea positiva, de los soldados de la Patria, que han jurado defender el régimen establecido que es la expresión de la voluntad ciudadana, y que cumplirán con la doctrina que prestigió a Chile y le prestigia el profesionalismo de las Fuerzas Armadas. En estas circunstancias, tengo la certeza de que los soldados sabrán cumplir con su obligación. De todas maneras, el pueblo y los trabajadores, fundamentalmente, deben estar movilizados activamente, pero en sus sitios de trabajo, escuchando el llamado que pueda hacerle y las instrucciones que les dé el compañero presidente de la República.
 8:15 A.M.
Trabajadores de Chile:
Les habla el presidente de la República. Las noticias que tenemos hasta estos instantes nos revelan la existencia de una insurrección de la Marina en la Provincia de Valparaíso. He ordenado que las tropas del Ejército se dirijan a Valparaíso para sofocar este intento golpista. Deben esperar la instrucciones que emanan de la Presidencia. Tengan la seguridad de que el Presidente permanecerá en el Palacio de La Moneda defendiendo el Gobierno de los Trabajadores. Tengan la certeza que haré respetar la voluntad del pueblo que me entregara el mando de la nación hasta el 4 de Noviembre de 1976. Deben permanecer atentos en sus sitios de trabajo a la espera de mis informaciones. Las fuerzas leales respetando el juramento hecho a las autoridades, junto a los trabajadores organizados, aplastarán el golpe fascista que amenaza a la Patria.
 8:45 A.M.
Compañeros que me escuchan:
La situación es crítica, hacemos frente a un golpe de Estado en que participan la mayoría de las Fuerzas Armadas. En esta hora aciaga quiero recordarles algunas de mis pala bras dichas el año 1971, se las digo con calma, con absoluta tranquilidad, yo no tengo pasta de apóstol ni de mesías. No tengo condiciones de mártir, soy un luchador social que cumple una tarea que el pueblo me ha dado. Pero que lo entiendan aquellos que quieren retrotraer la historia y desconocer la voluntad mayoritaria de Chile; sin tener carne de mártir, no daré un paso atrás. Que lo sepan, que lo oigan, que se lo graben profundamente: dejaré La Moneda cuando cumpla el mandato que el pueblo me diera, defenderé esta revolución chilena y defenderé el Gobierno porque es el mandato que el pueblo me ha entregado. No tengo otra alternativa. Sólo acribillándome a balazos podrán impedir la voluntad que es hacer cumplir el programa del pueblo. Si me asesinan, el pueblo seguirá su ruta, seguirá el camino con la diferencia quizás que las cosas serán mucho más duras, mucho más violentas, porque será una lección objetiva muy clara para las masas de que esta gente no se detiene ante nada. Yo tenía contabilizada esta posibilidad, no la ofrezco ni la facilito. El proceso social no va a desaparecer porque desaparece un dirigente. Podrá demorarse, podrá prolongarse, pero a la postre no podrá detenerse. Compañeros, permanezcan atentos a las informaciones en sus sitios de trabajo, que el compañero Presidente no abandonará a su pueblo ni su sitio de trabajo. Permaneceré aquí en La Moneda inclusive a costa de mi propia vida.
9:03 A.M. Radio Magallanes
En estos momentos pasan los aviones. Es posible que nos acribillen. Pero que sepan que aquí estamos, por lo menos con nuestro ejemplo, que en este país hay hombres que saben cumplir con la obligación que tienen. Yo lo haré por mandato del pueblo y por mandato conciente de un Presidente que tiene la dignidad del cargo entregado por su pueblo en elecciones libres y democráticas. En nombre de los más sagrados intereses del pueblo, en nombre de la Patria, los llamo a ustedes para decirles que tengan fe. La historia no se detiene ni con la represión ni con el crimen. Esta es una etapa que será superada. Este es un momento duro y difícil: es posible que nos aplasten. Pero el mañana será del pueblo, será de los trabajadores. La humanidad avanza para la conquista de una vida mejor.
Pagaré con mi vida la defensa de los principios que son caros a esta Patria. Caerá un baldón sobre aquellos que han vulnerado sus compromisos, faltando a su palabra… rota la doctrina de las Fuerzas Armadas.
El pueblo debe estar alerta y vigilante. No debe dejarse provocar, ni debe dejarse masacrar, pero también debe defender sus conquistas. Debe defender el derecho a construir con su esfuerzo una vida digna y mejor.
9:10 A.M.
Seguramente ésta será la última oportunidad en que pueda dirigirme a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Postales y Radio Corporación. Mis palabras no tienen amargura sino decepción Que sean ellas el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron: soldados de Chile, comandantes en jefe titulares, el almirante Merino, que se ha autodesignado comandante de la Armada, más el señor Mendoza, general rastrero que sólo ayer manifestara su fidelidad y lealtad al Gobierno, y que también se ha autodenominado Director General de carabineros. Ante estos hechos sólo me cabe decir a los trabajadores: ¡Yo no voy a renunciar! Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que hemos entregado a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente. Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.
Trabajadores de mi Patria: quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la ley, y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, quiero que aprovechen la lección: el capital foráneo, el imperialismo, unidos a la reacción, creó el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición, la que les enseñara el general Schneider y reafirmara el comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará en sus casas esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.
Me dirijo, sobre todo, a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros, a la abuela que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños. Me dirijo a los profesionales de la Patria, a los profesionales patriotas que siguieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios de clases para defender también las ventajas de una sociedad capitalista de unos pocos.
Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron y entregaron su alegrí a y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente; en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las vías férreas, destruyendo lo oleoductos y los gaseoductos, frente al silencio de quienes tenían la obligación de proceder. Estaban comprometidos. La historia los juzgará.
Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz ya no llegará a ustedes. No importa. La seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal con la Patria.
El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.
Trabajadores de mi Patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.
¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!
Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano, tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

MUITO SÁBIA, A FILOSOFIA OLACIRIANA!

SIMPLES, DIRECTA, OBJECTIVA E DE RESULTADOS

Hoje com mais de 80 anos, Olacir de Moraes, o rei da soja, que gosta de sair e ser fotografado com lindas e jovens mulheres, foi entrevistado por um repórter:
Repórter: - Dr. Olacir, o Sr. acha mesmo que essas garotas gostam do senhor?
Olacir: - Meu amigo, eu gosto muito de lagosta, vou a um restaurante e peço um prato desta iguaria. Eu não pergunto se a lagosta gosta de mim... Eu, simplesmente, como!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

OS DOIS LOBOS

Uma noite, um velho índio contou ao neto a batalha que acontece dentro de todas as pessoas.

Ele disse:

- Meu querido, há uma batalha entre dois lobos dentro de todos nós.

- Um é um mau: é a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, a pena de si
  mesmo, a culpa, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras, o orgulho falso, a superioridade e o ego.

- O outro é bom: é a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a benevolência, a
  empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão, o amor e a fé.

O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou:

- Qual é o lobo que vence?

E o velho índio simplesmente respondeu:

- O que nós alimentamos.

Mau sexo - Parte II

Agora, a resposta do Miguel Sousa Tavares 
"Minha Cara,
Tenho, sinceramente, muita pena de si...

Em primeiro lugar, tive a pena de constatar que só se sentiu realizada, ou minimamente realizada, em 20% dos minetes que lhe fizeram.  
Concordo consigo quando diz que os homens devem perguntar às respectivas se estão contentes com o seu desempenho. Nesse caso, porque é que assume claramente que finge os seus orgasmos? Das duas uma, ou a menina nunca foi "comida" como devia, ou então, coitadinha, não tem mesmo jeitinho nenhum para o sexo.
Nós, homens, também lhe podemos fazer, por exemplo uma estatistica de quantas mulheres são ou não boas na cama. Ou quantas fazem ou não, bons broches. O que nunca lhe vamos poder fazer é fingir um orgasmo. Isto, claro, se conseguir que atinjamos um.

Acredite que há muitos homens que perguntam as parceiras se estão contentes com o seu desempenho. E acredite também que a maior parte dos homens não teve que ler um manual para fazer bons minetes. Apenas teve que os fazer, uma e outra e outra vez. Só com treino se consegue melhorar a performance minha cara.

Em segundo lugar, informo-a que, caso ainda nao tenha percebido, o que voçê está a fazer é, muito simplesmente, a aumentar o número de homens que pratica mau sexo. Você e as mulheres como você. Ora repare: se você finge um orgasmo de cada vez que está com um homem, em primeiro lugar, está a fazer com que o homem acredite que realmente percebe do assunto (Sim, há homens que nao percebem). Em segundo lugar, está a fazer com que este mesmo homem, não se esforçe o suficiente para agradar a parceira na relação seguinte.

Penso que estamos ambos de acordo, quando digo que uma situação destas não é agradável, nem tão pouco desejável, certo?

O meu conselho, se o quiser aceitar, é: Faça mais sexo!!! A sério, penso que voçê precisa. Mas faça mais sexo sem fingir orgasmos. Vai ver que a sua vida sexual melhorar exponencialmente, e excusa de se vir queixar para as revistas. É obvio que nem todos os homens lhe vão dar um orgasmo, ambos sabemos isso. Mas vão tentar, isso, eu garanto...

E já agora. Informo-a também que não é assim tão raro uma mulher pedir ao "querido" para fazer assim ou assado. Não julgue todas as mulheres por si, "Dra. Ruth" .

Um Cordial abraço,

Miguel Sousa Tavares "